SAMBAS-ENREDO ANTIGOS

SAMBAS-ENREDO



1998
Enredo: A mulher negra na cultura mundial
Compositores: Marquinhos, Serginho, Mano, Bebeto e Sérgio

A luz a me guiar
Vem clarear minha emoção
A força feminina que me fascina
Invadiu meu coração
Diz a lenda Yorubana que Olurum, deus da criação
Deixou o céu e a terra pra reinar
Para Odudua e Obatalá

Na força de Aganju (ôôô). salve a Rainha do mar (Iemanjá) (bis)
E do seu ventre infinito nasceram assim os nossos orixás

Axé, mãe Àfrica
Berço que ao mundo acalentou
Suas filhas semearam este chão
Resistiram no Quilombo à sofrida escravidão
Trouxe a crença nos seus rituais
Pro meu Brasil miscigenação
Na favela a miséria na senzala o temor
Será que a liberdade já raiou
Sorri para não mais chorar
Lutando pelos seus direitos
Ainda resta a dor dos preconceitos
Com dignidade é um exemplo de coragem
Conquistando o seu lugar
És negra na cor, mulher de valor
Estrela que ao mundo encantou

Hoje a mulher negra brasileira é cultura mundial
Vem erguer sua bandeira (bis)
De verde, azul e branco colorindo o carnaval

2001
Enredo: Brasil, um país de todas as raças
Compositores: Edu do Cavaco, Kléber e Sérgio

Vou navegar
E viajar na Pré-História brasileira
No horizonte então "Luzia"
Essa estrela que nos guia
As sete ilhas, paraíso de riquezas
Os fenícios no passado, adentraram o rio-mar
Quando o vento soprou
Terra à vista um grito forte ecoou

Maré que vai me levar
Pelos mistérios do mar (bis)
Um novo mundo quero conquistar

E na terra prometida por Tupã
Vi guerreiras Amazonas
Surgem os Tupiniquins, cantam os Tupinambás
Suas tribos pedem paz
Cavalaria dos mares em grandes navegações
Veio a cobiça e a escravidão
Semeando este nosso chão
Brasil (meu Brasil), berço de todas as raças
Que acolhe os imigrantes
És mãe gentil com amor
Seja africano ou de Portugal
Enlace de cultura, é carnaval

É nesse embalo que eu vou, vou navegar
Com Alegria desfilar (bis)
Pátria Mãe Gentil desse gigante meu Brasil

2002
Enredo: O sonho dourado de Percy
Compositores: Valter, Marinho e Bedeu

Percy em sua odisséia
Se aventurou pelas matas do Brasil
Desejava o Eldorado
Tesouro, riquezas mil
Vice-rei da Índia
Seu sonho não sucumbiu

Pelo Sertão Brasileiro, viajou
Procurando o eldorado (bis)
Mas por Candido Rondon
Esse solo foi negado

Assim, com a proteção da realeza
Consentiu à corte inglesa
O paraíso encontrar
Seguia a sua expedição
Conhecendo os mistérios e belezas desse chão
Aventureiro, guerreiro, bravo e sonhador
Partiu de Cuiabá
Um lindo show de visual
Buscava o rio da serra do roncador
A contramão da história
Não sabe dizer se ele um dia voltou

Será que o sonho se realizou (bis)

O Alegria vem contar
A façanha de Percy (bis)
Mostrando ao mundo
Que o Eldorado é aqui

2003
Enredo: Festa no Quilombo, na Coroação de um Rei Negro
Compositores: Fio, Moura e Expedito

Desperta, o show vai começar
O Alegria vem mostrar
A festa da coroação
Os mocambos vão dançar
Para um rei negro, com emoção
É arte, é cultura
Foi no Quilombo a consagração
Liberdade, um grito forte ecoou
De um povo guerreiro
Que seus costumes neste solo semeou



Tem maracatu, maculelê e candomblé (bis)
Negro joga capoeira, com seu canto de fé



Axé, afoxé, oferenda aos orixás
Tambor de crioula, é feitiço é ritual
Bailam jongo e a congada
O semba virou samba em nosso carnaval
Hoje a Zona Sul em festa
Vamos aplaudir
A dança da raça
Encanta a massa na Sapucaí



O meu tambor vai ressoar
A noite inteira (bis)
Saudando Ganga Zumba
Com danças afro-brasileiras

2004
Enredo: Dorival Caymmi, o mar e o tempo nas areias de Copacabana
Compositores: Gilmar Nogueira, Jorge Madrugada e Pedrinho Cassa

O céu da Bahia está em festa
Dança ioiô, canta sinhá, ô sinhá
O som dos atabaques anuncia
Caymmi vem nos braços de Iemanjá (rainha do mar)
No Ita naveguei
E vim pro Rio morar
Bateu forte o coração
Copacabana é minha paixão

Amor cadê meu violão, amor
Meu canto é de emoção (bis)
A sua obra está gravada na história
90 anos do poeta da canção

Filho de Mãe Menininha do Gantois
Caô meu Pai Xangô
Vem no batuque dos ogãs meus orixás
Carmem Miranda dos balangandãs
Sucesso, Bossa Nova, Malandragem
Boemia na cidade
Zé Carioca vem brilhar no Carnaval

(Eu quero...)
Quero adormecer na praia
Deitar na rede de um pescador (bis)
Caymmi é alegria
Nesse mar de fantasia
Zona Sul é paz e amor



2005

Enredo: Teatro Rival - 70 Anos de Resistência Cultural
Compositores: Adilson Silva, Bittar e Marcelinho Santos

A arte entra em cena
O show vai começar
Em cartaz, neste carnaval
Esse teatro genial
Exemplo maior
Da resistência cultural
Declamando o "Amor"
Começou a trajetória
Que o próprio tempo guardou
Ilustrando a memória

Fez o povo aplaudir
Delirar, sonhar, sorrir
Revelando artistas (bis)
Caminhou sem desistir

Segue o "Rival", sempre "leal"
Orgulho do meu Rio
Na essência da cultura
Vai vencendo desafios
Enriquecendo a arte
Se tornou tão popular
Ele é um espaço de primeira
Pra música popular brasileira
Hoje tem show musical
E a Cinelândia é o palco principal

Parabéns, são 70 anos de glória
A Zona Sul, com alegria enaltece (bis)
O Rival e sua história

2006
Enredo: A Alegria é Show de Bola
Autores: Henrique Balanshow, Valtinho BV, Augustinho Santos, Mará, Dário Lima, André do Cavaco, Xande, J.Júnior, Doum, Gago, Glorioso e Tadeu.

Explodiu
É o Big-Bang da criação
Surge o sol que aquece a Terra
A lua de Ogum e do dragão
Girando, se tornou realidade
Sobre rodas assim caminha a humanidade
Hoje eu sou criança
Olha o nariz do palhaço
A bolinha de sabão
O rei mandou, é carnaval tá decretado
No Bola Preta, mostre o seu rebolado
Mas se pisar na bola, tô bolado

Minha Alegria vai rolar
Sou a redonda paixão (bis)
O homem vive um sonho tão bonito
Segue rumo ao infinito cria asas num balão

Em forma de bola é o ventre da mãe
Anunciando a vida que já vai chegar
Menina do jeito que você me olha
Me dando bola hoje eu vou te namorar
No bingo, no bicho é sorte ou azar
Deixa roleta girar
Roda baiana
Tem culinária neste tabuleiro
Nesta folia eu zoar
De bate-bola o meu Rio de Janeiro

É show de bola, iá, iá
Deixa a tristeza prá lá, vem sambar (bis)
O meu destino eu vi, numa bola de cristal
A Alegria campeã do carnaval

2007

Enredo: Negro não Humilha e nem se Humilha a Ninguém, Todas as Raças já foram Escravas Também
Autores: Adilson, Badá, Gago, Glorioso, Tadeu do Cavaco e Pixulé

Liberdade
Há mais de mil anos atrás
O homem já implorava aos deuses
Através das civilizações
O fim dessa cruel escravidão
O índio dono da mata
Não se deixou escravizar

No vento que vem do mar
Chegaram navios negreiros (bis)
Na fazenda do “Sinhô”
O negro chorou no cativeiro

Hoje o Quilombo
Pintado em aquarela
Na tela reflete a favela
Cor da miscigenação
Mostra Candeia nessa Passarela
Culturas e artes tão belas
Faz o seu dia de graça
A luta de Zumbi não foi em vão
Negro não humilhe
Nem se humilhe a ninguém
Todas as raças
Já foram escravas também

Hoje o negro é rei, negro é raiz
Estrelas na sociedade (bis)
Orgulho da nossa dignidade
Exemplo para toda humanidade

2008

Enredo: Chegou o general da banda! Albino Pinheiro, alegria do Rio
Compositores: Fio, Moura, Expedito, Ivo do Galo e Luiz Chaveiro

Confetes e serpentinas
O show vai começar
Nasci no Rio de Janeiro
Cidade emoldurada pelas montanhas e o mar
Em direito me formei
À cultura me dediquei
Fiz eternas amizades, a boemia desfrutei
E "só pra lembrar", a MPB divulguei

Vou brincar o carnaval no bloco de sujo
Com muito orgulho sou tricolor (bis)
Minha Portela querida
De tantos carnavais ao mundo encantou

Foram tantas paixões
Rose, jamais te esquecerei
Fiz teatro, curti bossa nova
Na rádio e no cinema trabalhei
Como era lindo ver
O banho de mar à fantasia
Olha o charme da mulata carioca
O "seis e meia" revelando artistas
Hoje abra um sorriso
Que a banda vai passar
Meu nome é Albino Pinheiro
A minha história vim contar

Vamos sambar e cantar
O general da banda chegou (bis)
Esbanjando alegria nessa folia
Com muito amor